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Não gostaria de entrar para tomar uma xícara de ácido sulfúrico?
E o coração frio voltou a bater. Começou a sentir-se vivo novamente, quebrando a casca de gelo que havia se formado ao seu redor. O frio do inverno chegava e contrariando seus principais paradigmas permitiu-se amar novamente. ‘A que custo?’ perguntava-se ela toda a vez que pensava no fato de aceitar que uma nova paixão lhe batia na porta. Custava aceitar, porque não queria e não podia. Não podia entregar-se a alguém indiferente, que não era capaz de conhecê-la como todos conheciam. Tudo na vida pode ter seus lados bons e ruins, ele era capaz de ser os dois, ao mesmo tempo. Numa fração de segundos ele era seu tédio e seu remédio. E por mais que ela negasse a todo mundo o que realmente sentia, ela sabia a verdade. Bem no fundo sabia. Sabia também o fim que isso tudo teria. Porque chegou a hora de por na balança o que estava acontecendo. A pessoa que era seu céu e seu inferno teria que ser enquadrada em apenas um dos dois. As oscilações são constantes e se tornam cansativas. O chove e não molha deveria molhar ou simplesmente não chover. E por mais que nenhuma opção lhe agradava, escolhas devem ser tomadas. Viver eternamente em cima do muro não é algo que ela sempre desejou pra sua vida. Cair de cara era mais interessante do que a monotonia de andar em linha reta. Não é uma decisão dela, mas principalmente dela. Para o seu bem. Para o seu fim. E que nesse inverno além das mãos geladas, o coração volte a esfriar também.